Como diz o ditado, quem casa, quer casa. Mas a jornalista Érica Soares, de 28 anos, não queria um apartamento ou uma moradia como as tantas que existem à venda. Queria construir um cantinho do seu jeito. Comprou um terreno financiado, em São Gonçalo, por R$ 33 mil. Vendeu um apartamento para conseguir a verba para a construção. Após um ano e três meses de obra, estava erguido o lar exatamente como havia projetado.

“Na época, procuramos casas, mas nada valia a pena. Eram pequenas e caras, não cabiam no orçamento. Por isso decidi construir. Parei de contar os gastos na construção da minha casa, mas hoje ela vale uns R$ 500 mil. Saí na vantagem”, acredita Érica.

Embora tenha parado de calcular o investimento ao longo do tempo, a jornalista acertou. O engenheiro civil do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) Antônio Eulálio Pedrosa diz que, ao adquirir um terreno e construir a moradia, em vez de comprar uma pronta, o proprietário economiza até 50%.

“A estimativa é de R$ 3 mil por metro quadrado construído. Se for comparar com uma pronta, sai pela metade do preço”, diz ele.

O conselheiro do Crea-RJ alerta, porém, para os cuidados com a construção:

“É preciso contratar um profissional para fazer a sondagem do solo e o projeto. Isso não é um gasto. Significa uma economia de 30% no custo da obra, porque um leigo gasta materal demais.”

Financiamento de lote em até 72 vezes - Desde que se casou, a assistente administrativo Maria Venâncio, de 63 anos, orgulha-se de nunca ter pago aluguel, graças à compra de um terreno adquirido em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, na década de 70. Hoje, a moradia que começou com os cômodos básicos para uma família morar, se transformou num casarão.

“Comprar o terreno trouxe muitas vantagens. Fui construindo aos poucos, quando tinha dinheiro. Hoje, a casa tem cinco quartos, com duas suítes, quatro banheiros, sala, cozinha e um terraço. Demorei uns 30 anos até deixá-la do jeito que eu queria, mas não teria dinheiro para comprar uma casa como a minha’, afirma Maria.

Após três anos de namoro, a funcionária pública Isabela Braga, de 25 anos, e o namorado Carlos Souza, de 27, estão planejando se casar. Antes de escolherem a data, compraram um terreno em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, para erguer uma casa. A construção, iniciada em março, está a todo vapor.

“Podemos fazer do nosso #bolso. Sem falar que depois vamos economizar com condomínio, que estão caros demais”, afirma Isabela.

A partir de R$ 35 mil - O casal escolheu um bairro em constante crescimento. Apesar do boom de empreendimentos, Campo Grande é uma região que ainda tem muitos terrenos à venda. Somente a Fernandes Araujo comercializa cem lotes por lá, a partir de R$ 35 mil. Os terrenos podem ser financiados por famílias que tenham renda de R$ 2.700 por mês. Com o pagamento de uma entrada de R$ 7 mil, a empresa financia o restantes em 72 prestações de R$ 538,52, corrigidas pelo IGP-M.

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